Mais nações da Zona do Euro estão prestes a comprar Bitcoin, de acordo com o chefe de negócios institucionais da Coinbase.

Um experimento em Praga poderia, em última análise, ter um impacto maior no Bitcoin do que os típicos gráficos de fluxo de ETF. Durante uma aparição em 10 de dezembro no programa "Crypto In America", John D’Agostino, chefe de instituições da Coinbase, observou que o Banco Nacional da República Tcheca começou a testar o Bitcoin para seu tesouro nacional e sistemas de pagamento. Ele sugeriu que esse tipo de iniciativa por um banco central da Zona do Euro provavelmente se espalhará.

"O banco nacional tcheco escolheu muito bem seus provedores de serviços", afirmou D’Agostino, explicando que o banco está "adicionando Bitcoin ao seu tesouro nacional e está ativamente experimentando e aprendendo como usá-lo para pagamentos em tempo real." Embora o programa piloto seja modesto — envolvendo cerca de um milhão de dólares em Bitcoin — D’Agostino acredita que a importância não está no valor, mas em quem está conduzindo o experimento e por quê.

Ele fez uma distinção clara com experimentos nacionais anteriores, dizendo: "Sem desrespeito a El Salvador... este não foi um caso de 'preciso sacudir minha economia porque ela está indo na direção errada'... Este é um país estável da Zona do Euro... eles não precisam fazer isso." Em vez disso, a iniciativa tcheca seguiu um processo tradicional e formal, completo com RFPs (solicitações de proposta), seleção de fornecedores e adoção de políticas oficiais. Segundo D’Agostino, essa abordagem estruturada é exatamente o que a torna um desafio potencial ao status quo. "Esse tipo de coisa é contagioso, e posso ver mais países da Zona do Euro seguindo o exemplo muito, muito em breve", acrescentou.

Este comentário foi parte de um argumento mais amplo que D’Agostino apresentou durante a entrevista. Ele enfatizou consistentemente que a adoção institucional sempre dependeu menos de uma clareza regulatória perfeita e mais de liquidez, estrutura de mercado confiável e da participação dos participantes "corretos". "Sempre fui um pouco cético em relação ao argumento de que a razão pela qual as instituições não investiram... é a falta de clareza regulatória", disse ele. Embora a clareza seja importante, classificada entre suas "três principais" prioridades, ela vem depois da liquidez e ao lado do potencial de alfa. Se duas dessas três condições forem atendidas, "as pessoas encontrarão um jeito".

Em sua visão, os ETFs de Bitcoin à vista já introduziram algo que o ativo não tinha antes: um grupo de participantes estruturalmente obrigados. "Os ETFs, na minha opinião, são uma espécie de usuários comerciais substitutos do Bitcoin", argumentou. Eles "têm que rebalancear... está codificado em seu modelo de negócios", funcionando como uma força estabilizadora semelhante aos usuários industriais nos mercados de commodities.

Um banco central da Zona do Euro testando o Bitcoin em seu balanço leva essa lógica um passo adiante na cadeia. D’Agostino não elaborou uma grande teoria do "Bitcoin como ativo de reserva" — ele foi comedido e cuidadoso em suas palavras — mas a implicação era clara: quando um banco central com acesso a financiamento padrão da UE, que "não precisa fazer isso", escolhe prosseguir mesmo assim, isso ajuda a normalizar o Bitcoin dentro da camada mais conservadora do sistema monetário.

Ele também abordou a necessidade contínua do setor de reparar sua reputação. D’Agostino argumentou que o cripto não sofreu mais falhas estruturais do que outros mercados, citando o cancelamento pela London Metal Exchange de bilhões em negociações de níquel como um paralelo pouco discutido com a FTX. No entanto, ele observou que o cripto "tende a empurrar os palhaços para posições de destaque", enquanto as finanças tradicionais "fazem um bom trabalho em esconder seus palhaços".

Entre narrativas em melhoria, demanda "substituta" impulsionada por ETFs e agora um banco central da Zona do Euro alocando silenciosamente um milhão de dólares em Bitcoin, a mensagem geral de D’Agostino foi que a adoção institucional é menos sobre um aumento repentino e mais sobre uma erosão gradual e persistente. "Não há onda", disse ele anteriormente na discussão. "É essa erosão gradual em oposição a essa onda avassaladora." Se sua previsão sobre a natureza contagiosa do experimento tcheco se confirmar, essa erosão pode em breve estar ocorrendo de dentro do próprio sistema do Euro.

O interesse pelo Bitcoin vai além dos gestores de ativos em Nova York. No momento da redação, o BTC está sendo negociado a US$ 90.234. A imagem em destaque foi criada com DALL·E, e o gráfico é do TradingView.com.

Perguntas Frequentes
FAQs sobre Nações da Zona do Euro e Compras de Bitcoin

Perguntas de Nível Iniciante

1. O que significa que nações da Zona do Euro estão prestes a comprar Bitcoin?
Isso significa que países que usam o Euro como moeda estão supostamente considerando adicionar Bitcoin às suas reservas financeiras nacionais, de forma semelhante a como mantêm ouro ou moedas estrangeiras.

2. Quem é o chefe de negócios institucionais da Coinbase e por que sua declaração é importante?
Isso se refere a um executivo sênior da Coinbase, uma grande corretora de criptomoedas. Sua declaração é considerada significativa porque ele tem conhecimento direto sobre discussões e tendências entre grandes instituições financeiras e governos.

3. Por que um país gostaria de comprar Bitcoin?
Os países podem considerar o Bitcoin como um potencial reserva de valor para diversificar seus ativos nacionais, proteger-se contra a inflação ou obter exposição a uma nova classe de ativos digitais negociada globalmente.

4. Isso está realmente acontecendo agora?
Não, isso se baseia em uma tendência ou discussões relatadas, não em um anúncio oficial de uma compra específica. Sugere um interesse crescente no nível governamental.

5. O que é a Zona do Euro?
A Zona do Euro é o grupo de 20 países da União Europeia que adotaram o Euro como sua moeda oficial, como Alemanha, França, Itália e Espanha.

Perguntas Avançadas e Práticas

6. Quais nações da Zona do Euro são mais propensas a considerar isso?
Embora não especificado, nações com regulamentações de ativos digitais mais progressistas, economias maiores ou aquelas que buscam inovação econômica são frequentemente vistas como potenciais primeiras adeptas. No entanto, isso é especulativo.

7. Como um país realmente compraria e armazenaria tanto Bitcoin?
Provavelmente seria um processo complexo envolvendo custodiantes regulamentados, executado por meio de mesas de negociação over-the-counter para evitar perturbar o mercado, com protocolos de segurança rigorosos.

8. Quais são os maiores riscos para uma nação que detém Bitcoin?
Os principais riscos incluem a extrema volatilidade de preço do Bitcoin, possíveis violações de segurança, a incerteza regulatória em evolução e as preocupações ambientais associadas ao seu consumo de energia.

9. Como isso afetaria o preço do Bitcoin e o mercado cripto?
Compras nacionais em grande escala poderiam aumentar significativamente a demanda, potencialmente elevando o preço. Também seria visto como um grande voto de confiança, provavelmente impulsionando o sentimento geral do mercado e sua legitimidade.

10. Algum país já fez isso antes?
Sim, El Salvador tornou o Bitcoin moeda de curso legal em

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